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Eugénio Tavares
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O que é e como nasceu a Fundação Eugénio Tavares

A Fundação é uma instituição cultural, privada e sem fins lucrativos, que se destina a recolher, proteger e divulgar a obra literária e musical de Eugénio Tavares. Logo após a morte do poeta, os intelectuais caboverdeanos apelaram à criação de um organismo para esse fim, mas por razões diversas ele viria a aparecer seis décadas depois.

1950 - 1960 - No seio de famílias bravenses radicadas em Lisboa ecoam os primeiros sons da morna em momentos de convívio e saudade da Brava. Adquire-se um gravador de som com o fim bem definido "GRAVAR AS MORNAS PARA A POSTERIDADE". Essa intenção era a semente de uma organização que viria a ser a Fundação, quase quarenta anos depois. Entretanto Fernando Quejas com grande sucesso através da Emissora Nacional cantava mor nas de Eugénio e pelas esplanadas de Algés e Cafés de Lisboa surgiam os primeiros intérpretes da morna cantada em público. Na SECTP Sociedade de Escritores Portugueses registam-se os direitos de autor de Eugénio Tavares e Fernando Lopes Graça interessa-se por fixar o fio melódico dessas gravações.

1960 - 1970 - Na Faculdade de Letras de Lisboa aplica-se a mesma ideia à obra literária, entre alunos caboverdeanos. Já se fala em estudar Eugénio Tavares ao lado de Camões, Antero e Bocage. Começa o gosto pela recolha das obras em mãos de particulares e alfarrabistas de Lisboa. Na Casa dos Estudantes do Império fala-se em criar a Associação Eugénio Tavares. A Pide confunde as intenções com a vaga de nacionalismo anticolonial e instala o medo e os poemas deixam de circular entre as sebentas e são procurados os mentores da organização, que se deixam desmobilizar.

1970 - 1980 - No princípio desta década, surgem novas iniciativas perante a abertura política que afastou o medo dos anos sessenta. A Associação Eugénio Tavares toma contornos e anuncia-se alguma actividade e o gosto pela literatura de Cabo Verde. Em Lisboa, Cabo Verde e EUA algumas obras recolhidas são enviadas para a biblioteca da Praia ao cuidado do bibliotecário Jaime de Figueiredo enquanto José Pedro Godinho Gomes e Felix Monteiro se interessam também. Completa-se o estudo e maqueta de e uma estatua de Eugénio para a Ilha Brava. Manuel Ferreira em Lisboa mostra-se interessado em publicar as obras. Cabo Verde independente não reconhece o percursor da liberdade e atiram Eugénio para duas décadas de esquecimento. Enquanto isto os bravenses da diáspora americana não esquecem Eugénio e o mantém bem vivo entre eles cantando suas mornas e editando discos.

1995 - Em Fevereiro deste ano o Presidente da Republica de Cabo Verde Dr. António Mascarenhas Monteiro condecora o intelectual e apela à criação da Fundação Eugénio Tavares.

1995 - A seis de Maio do mesmo ano é feito em Sintra no Palácio Valenças o ANÚNCIO PÚBLICO, logo seguido da feitura dos estatutos, escritura pública e registo nacional de Pessoa Colectiva. Nascia assim a "FUNDAÇÃO EUGÉNIO TAVARES" como interprete desse desejo dos intelectuais dos anos 30 para recolher, proteger e divulgar Eugénio Tavares.

A Presidente da Câmara Municipal de Sintra, Drª Edite Estrela e o Presidente da Câmara Municipal da Ilha Brava, Jorge Nogueira, assistem no Palácio Valenças em Sintra o anúncio público da Fundação Eugénio Tavares.

Por iniciativa do Presidente da Républica António Mascarenhas Monteiro, foi criada a Fundação Eugénio Tavares. Abaixo encontra-se um excerto do discurso do Presidente da Républica, que motivou a criação da Fundação.

"Em nome do Povo de Cabo-Verde, em meu próprio nome, traduzindo o sentimento geral dos Cabo-verdianos, reconheço a prestimosa contribuição que o ilustre intelectual deu ao engrandecimento da nação, e com admiração e gratidão presto-lhe uma merceida homenagem e atribuo a seguinte condecoração:

Ao Senhor Eugénio de Paula Tavares, autodidacta brilhante, polemistas distinto, grande poeta, o primeiro a conseguir relevo literário aos versos em crioulo, e um dos maiores compositores da morna, O PRIMEIRO GRAU DA ORDEM DO DRAGOEIRO. A feliz ideia de familiares, amigos e admiradores de Nhó Eugénio, de instituir uma "Fundação Eugénio Tavares" caso venha a ser materializada, poderá dar resposta à divulgação e protecção do espólio do Poeta. Congratulo-me com esta feliz inicitaiva e felicito os seus promotores, ao mesmo tempo que os encorajo a prosseguir."

Dos Estatutos da Fundação Eugénio Tavares
Objectivos, Meios e Fins


São objectivos específicos da Fundação Eugénio Tavares, recolher, proteger e divulgar a obra literária e musical do poeta Eugénio Tavares, e promover encontros, para divulgação, sobretudo entre camadas jovens de interessados.

Tendo em vista a prossecução desses objectivos compete à Fundação, desenvolver e concretizar, especial e designadamente:

1) A recolha do acervo documental, seja manuscrito, fotográfico, fonográfico ou outro publicado ou inédito deixado pelo poeta, músico e compositor que foi Eugénio Tavares, tanto em Cabo Verde como em Portugal ou no estrangeiro;

2) A divulgação por todos os meios da vasta obra do poeta musico e compositor Eugénio Tavares, protegendo-se contra mutilações, deformações, modificações e de um modo geral contra qualquer acto susceptível de a desvirtuar e de afectar a honra e reputação de Eugénio Tavares;

3) Apoiar a realização de estudos e outras acções culturais em torno da obra de Eugénio Tavares, nomeadamente, teses de doutoramento e de mestrado, conferencias, mesas redondas, exposições, recitais, colóquios, concertos e outras acções de idêntica natureza;

4) Criar o Prémio anual FORÇA DI CRÊTCHEU destinado a galardoar um autor de um pais lusófono pela composição de uma morna que em atenção às características de mérito e originalidade mereça distinção;

5) Apoiar as organizações com intervenção no domínio da imigração, enquanto constante do pensamento do poeta, e criar um prémio destinado a incentivar produções literárias, artísticas musicais, de combate ao racismo, à xenofobia, à intolerância e outros estudos que contribuam de forma significativa para a integração das comunidades lusófonas minoritárias radicadas em Portugal;

6) Apoiar à constituição de bibliotecas e publicações literárias, musicais, artística e outras actividades conexas.

Sede da Fundação Eugénio Tavares
Quinta Verde Sintra

Sintra, Património Mundial, musa inspiradora de escritores e poetas convida à nostalgia e à contemplação. A morna, o som, o ritmo enquadram-se em Sintra e por isso a Fundação Eugénio Tavares elegeu-a para sua base. A sede da Fundação localiza-se actualmente na Quinta Verde Sintra, antigamente apelidada de Quinta Nova Sintra, e que foi cedida por familiares do poeta a titulo provisório para esse fim.

A Quinta Verde Sintra encontra-se a poucos quilómetros do centro de Sintra, tendo já sido palco de diversos encontros culturais, conferências e convívios relacionados com a cultura portuguesa e caboverdiana. É um local ideal para se ouvir a morna e lembrar Cabo Verde, numa paisagem invulgar, tão ao gosto dos ilhéus.

A Serra de Sintra, vista a partir da Quinta Verde Sintra

Nova Sintra, nome que foi dado pelo pai adoptivo de Eugénio Tavares, Dr. José da Vera Cruz, à antiga Povoação da Ilha Brava, encontra-se hoje geminada com Sintra honrando as semelhanças, a cultura e uma História comum.

Informações adicionais

Símbolo da Fundação:



Objectivos:

- Recolher, protejer e divulgar a obra literária e musical de Eugénio Tavares

- Promover encontros, convívios, para a divulgação sobretudo entre camadas jovens dos interessados

 

 

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